Pela primeira vez pude acompanhar bem de pertinho o carnaval. Participei, na Aldeia Cabana, do desfile de uma Escola de Samba e fiquei impactada com tanta animação, organização dos integrantes e o total apoio da comunidade da Embaixada de Samba do Império Pedreirense.
Anteriormente ao desfile, pude visitar a quadra da Embaixada de Samba do Império Pedreirense, com a curiosidade de saber o significado do enredo de 2023, que era: TEA – Temos o Elixir do Amor.
Conversando com o presidente da Escola, Francisco Trindade, perguntei como surgiu a ideia do enredo, já que o mesmo tem origem na palavra TEA, que é Transtorno do Espectro Autista.
Antes de me relatar sobre a origem do enredo, o presidente disse que a Embaixada de Samba surgiu com o nome de Maracatu do Subúrbio e, anos depois, em 1958, mudou para Embaixada do Império Pedreirense, denominação que se mantém até hoje.
Voltando para o enredo, Francisco disse que a ideia surgiu quando sua sobrinha foi diagnosticada com autismo e como a família toda é do carnaval, ele decidiu chamar atenção para o tema e mostrar para toda a sociedade o quanto o assunto é importante.
A escola contou com 1800 brincantes e diversas alas, como: Do Amor, Carinho e Afeto; Exclusão, Desinformação e Preconceito; Educação e Inclusão; Bateria e Amigos da Embaixada.
No carro abre alas destacou-se a exclusão, a desinformação e o preconceito. Já no segundo surge a inclusão, que coloca o Pará como referência sobre as políticas públicas relacionadas ao autismo.
Como essa foi minha primeira experiência em carnaval de rua, achei tudo muito maravilhoso, me diverti, dancei, pulei. É contagiante, ninguém consegue ficar parado. Percebi que no carnaval o povo realmente se solta, ri bastante.
Minha companheira nessa jornada foi minha mãe, que apesar da diversão, percebia a preocupação que eu pudesse me perder ou me afastar. Para que não corresse o risco de me perder, minha mãe levou uma faixa, amarrou nas nossas cinturas. Coisas de mãe. Mas como ela sempre diz, quem ama cuida.
Essa foi minha experiência no carnaval e ano que vem estarei de novo naquela avenida, já que na DIVERSIDADE SOMOS TODOS IGUAIS.