A jovem é atendida pela Apae Belém desde os quatro meses de idade. A mãe, dona Waldelina, já era professora da instituição antes do nascimento da filha. Desde muito cedo, Ana Clara já demonstrava interesse por fotos e câmeras.
Anos depois, ela se descobriu naquilo que ela já apresentava tendência nos primeiros anos: dança e teatro. Os projetos da Apae Belém, de estímulo às artes cênicas, Corpo e Movimento e Recriarte, coordenados pela professora Gemille Sales, cumpriram um importante papel no desenvolvimento e independência de Ana Clara.
Após isso, a jovem protagonizou diversas peças e espetáculos de dança em shoppings e outros espaços da capital. Atualmente, além de integrar o corpo de bailarinos da própria Apae, ela participa do grupo de teatro e dança da Equoterapia e Acessar, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Em 2018, sua trajetória na dança foi destaque no documentário “Unidos Venceremos o Preconceito - Histórias de Superação”, assinado por Romeu Neto e exibido no Cine Olympia, com a presença do prefeito da época, Zenaldo Coutinho.
Ana Clara soube “dançar” em cima daquilo que, para alguns, seria uma barreira para seus sonhos: a sua deficiência. Ela é mais uma demonstração de que uma deficiência não resume ninguém e que nada limita mais que o preconceito.