O final de semana da Páscoa foi especial para as pessoas com deficiência atendidas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Belém. A convite do Ponto de Apoio, usuários com deficiência intelectual e múltipla puderam participar, no Parque Estadual do Utinga, da 16º edição do projeto, que garante passeios em bikes adaptadas.
A ação garante aos usuários atendidos possibilidades de inclusão, além do contato com a natureza e interação com os voluntários e frequentadores do Parque. 'Essa iniciativa irá proporcionar aos nossos usuários uma possibilidade de novas experiências cognitivas, além de garantir um momento único de lazer, socialização, fortalecimento de vínculos e inclusão social', destacou Ana Carolina Salomão, Assistente Social e Coordenadora do Centro de Atendimento Multidisciplinar de Saúde (CAMS) da Associação.
A gente fica muito feliz por poder oferecer esse tipo de serviço e proporcionar lazer e socialização. A Apae tem uma credibilidade e um reconhecimento internacional, então para o projeto, que está apenas começando, é muito importante contar com a experiência e a expertise da Apae. Isso faz com que a gente possa se organizar para as próximas edições e, consequentemente, nos dar respaldo para ajudar mais pessoas. É importantíssimo unir esforços para um bem maior, afirmou Daniel Nardin, um dos idealizadores e coordenadores do projeto.
O PROJETO
O Ponto de Apoio teve início em junho de 2018 e já beneficiou cerca de 500 pessoas. A primeira edição, ainda de forma experimental, contou com três bicicletas e um pouco mais de 30 voluntários. Hoje são oito bikes, sendo uma de apoio, e cerca de 80 voluntários fixos cadastrados. Os passeios duram cerca de 45 minutos, ida e volta, pela trilha principal do Parque.
Os benefícios proporcionados pelo projeto são vários. Os passageiros e seus familiares ganham um dia diferente, fora da rotina domiciliar. Já os voluntários que conduzem as bicicletas, além de momentos de interação e aprendizado com as pessoas que são conduzidas, ainda praticam exercício. E, para os frequentadores do Parque do Utinga, fica ainda a lição de que o espaço público pode e deve ser compartilhado por todos, com respeito e inclusão.